FALANDO MAL DO CARNAVAL I
Ao dar uma rápida espiada um dia depois do carnaval, pude notar visivelmente as marcas de uma festa de cinco dias. Como eu não dou o mínimo valor ao carnaval e estou numa democracia, não tenho a mínima obrigação de achar aquilo tudo engraçado.
Não acho nada engraçado o estado da minha Praça Padre Adelino. Quem puder veja como ficaram as plantas rasteiras: boa parte está machucada, pisoteada. A goma entranhada e misturada com bebida produziram um mal-cheiro daqueles. Não se pode reclamar de lixo, pois o serviço é eficiente. Isso é o mínimo que se poderia fazer. Agora o que resta é esperarmos pelo próximo ano. Não há nada que eu possa fazer. Se eu esculhambar o carnaval, ficará do mesmo jeito. No próximo ano, com certeza, virão novas bandas e mais gente do que este ano. É uma festa em ascensão. Está crescendo e a cada ano é um sucesso. Pena que não tenhamos encontrado um jeito de vermos a educação crescer no mesmo ritmo.
FALANDO MAL DO CARNAVAL II
O investimento público do carnaval é um tema sempre debatido pelos foliões e também pelos que não pulam o carnaval. O poder público deve ou não investir no carnaval? Sim, deve, porque há um ganho inegável no comércio local. Nessa época vende-se até palha pra se queimar. Muitos comerciantes levantam a cabeça nesse período. Acima está o argumento central a favor do investimento público no carnaval. Não, não se deve investir no carnaval porque há um prejuízo pecuniário e sem retorno do poder público. Não se deve investir porque é uma festa que moralmente não é boa. As pessoas ficam expostas demais ao perigo. Resumindo: ela prejudica mais do que ajuda. Acima estão alguns argumentos contrários ao investimento público no carnaval. Diante dessa situação, o melhor que podemos fazer é cada um realizar o que acha melhor para si. No final das contas, não tem jeito: todos somos responsáveis pelos nossos atos. Se a justiça daqui não atuar, podemos esperar e apelar pela outra.
Comentário do professor Erivan Silva, direto de Rondônia: “O bom comerciante não depende de carnaval para sobressair-se. Entendemos que nesses, digamos seis dias de ‘joga dinheiro fora’, os donos de bares são os mais beneficiados. A cachaça rola solta. Não discriminando quem a devora.”
UMA SUGESTÃO
Considerando que é no carnaval que as pessoas do comércio lucram muito, que tal eles custearem uma parte ou todo o carnaval? Só assim, íamos ter mais dinheiro sobrando nos cofres da prefeitura para investir em saúde, por exemplo.